Vai comprar na internet? Especialista dá dicas para não cair em golpes.

Mais de 13 milhões de novos consumidores aderiram as compras pela internet em 2020, segundo relatório Webshoppers 43, uma parceria entre EbitNielsen e Bexs Banco. Ao todo, o comércio eletrônico faturou R$ 87 bilhões em 2020, um avanço de 41% sobre o ano anterior, e somou 194 milhões de pedidos. Cerca de 79,7 milhões de consumidores compraram pela internet no ano passado, o que equivale a 38% da população brasileira.

Com a chegada de novos consumidores no mercado, e muitas vezes com uma certa ingenuidade, cresce também o número de golpes aplicados, um estudo da empresa de cibersegurança Kaspersky mostrou que o número de ameaças contra dispositivos móveis cresceu mais de 120% no início da pandemia, atingindo principalmente os brasileiros, que são os maiores alvos de ataques de phishing no mundo, com índice de 20% contra média global de 13%.

Falamos com Alessandro Fontes, co-fundador da startup Reduza, que já ajudou mais de 4 milhões de consumidores em suas compras pela internet, e nos deu dicas importantíssimas para que os consumidores não caiam em golpes ou pegadinhas.

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Desconfie de preços muito baixos

Lembra do ditado “quando a esmola é alta demais, o santo desconfia”? Esse ditado pode te livrar de prejuízos nos tempos digitais também. Então, se você viu uma promoção incrível no Facebook, Instagram ou em seu e-mail? Cuidado, o preço é o primeiro sinal para esse tipo de golpe, que geralmente oferece produtos incríveis com preços praticamente impossíveis, que pode confundir o consumidor e levá-lo a um prejuízo. O preço baixo na verdade é uma isca, pra levar o usuário até uma página clonada de uma loja conhecida ou então para o site de uma empresa bem pouco conhecida. Geralmente nas páginas clonadas, a aparência visual do site é idêntica a da loja que você já conhece, mas eventualmente só aceitam pagamentos via boleto ou transferência bancária. Esses sites também podem aceitar cartões de crédito e nesses casos, usam os dados de seu cartão para benefício próprio.

Confira o link/URL destino da promoção

Lembra dos sites clonados que falamos na dica anterior? Para evitar cair nesses tipos de golpes, é fundamental que, ao abrir o anúncio, se faça uma análise da URL, que é o link que te levou ao site da promoção. Veja se realmente é o domínio oficial da loja em questão, na dúvida acesse o site da loja diretamente ou através do Google e pesquise pelo item anunciado.

Se for uma loja que não é popular, faça buscas em sites de reclamações, redes sociais, listas do Procon, ligue na loja e na dúvida não compre, prefira sites confiáveis que você já conhece e que são mais populares.

Confira o nome da página ou perfil que divulgou a promoção

É muito comum nesses tipos de golpes o anúncio partir das redes sociais que tentam remeter ao nome da loja, da marca ou nome de uma promoção. Então fique de olho e veja se é a página ou perfil oficial da loja que está anunciando. Para isso, basta clicar no link do perfil e verificar se ela possui selos oficiais, quantidade de seguidores e inclusive é bom dar uma lida nos comentários.

O “cadeadinho verde”, ou HTTPS, não é garantia de segurança

Muito se ensina sobre sites seguros na internet, e para a importância de comprar em sites com selos de segurança, mas será que apenas o “cadeadinho verde” ou selo https garantem que você está fazendo uma compra segura? A resposta é não.
Um site clonado, mal intensionado ou de uma empresa que não é idônea, podem possuir um selo https, que na verdade garantem sigilo dos dados, e não se o site é confiável ou não, por isso, fique ligado em todas as dicas anteriores e faça compras seguras.

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